Há olhares mornos, doces, tristes, cansados... Que lírica, pura, mansamente... Instigam, provocam, tocam, chamam. Olhares de quem é só. Solitariamente retratado. Olhares cuja luz procura alguma compreensão, alguma cumplicidade, alguns outros olhares que mostrem algo melhor pra se desejar. Há mãos e pele cujo tempo castigou e imprimiu seus sulcos, ainda mais razão pra tais olhares Olhares sós e verdadeiros, doloridos ou esperançosos... Pode haver dor, Pode haver dúvida, Pode haver medo, Mas, ainda há uma busca, Junto a um constante desconforto, há a constante necessidade de criar. Se, assim, houver uma maneira de se fazer ver e compreender o olhar que mantém-se escondido, esta maneira se mostra a forma, a pincelada que dá a luz àqueles olhares. E abre a alma de quem às vezes se perde Mas procura se reencontrar E reencontrar sua tênue estrada Andando e buscando solitariamente através do belo caminho das cores. Escrevi isso pro trabalho de pintura da Carina, uma amiga querida e que tem um...
nada de mais, só a briga com o sono disfarçada de insônia