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Mostrando postagens de novembro, 2006
O tempo não fica parado o tempo não espera estarmos prontos pro próximo segundo o tempo é ansioso, é urgente, e a cada suspiro de angústia que o vendaval provoca o tempo insiste, persiste, descobre e expõe as frestas as falhas os sulcos as rugas as sinceras e insuportáveis razões de cada ser. O tempo é honesto, é remédio, é infinito, é culpado. Das muitas vezes que deixamos pra amanhã o que não faremos nunca mais. Mas o tempo não pára, nem passa rápida ou lentamente. Ele passa exatamente inversamente à medida de nossa maior saudade. Desenho do Paulo. Que eu adoro (ambos).
Existe coisa mais gostosa do que ouvir o ron-ron do bichano atirado no colo? Além de fofinho, quentinho e cheiroso, ainda vem com um motorzinho simpático pra fazer a gente se sentir importante...
As coisas que lembro do pouco tempo que pude ver tão de perto são poucas e pequenas coisas que valem por várias, por muitas coisas imensas. A graça desse pouco tão valioso é que, mesmo pouco poucas coisas foram tão puras e pouco mais que isso já seria na verdade pura e verdadeiramente vivo. Outro daqueles, em que a sonoridade me agrada muito mais que todo o resto.
O que há, enfim? São tantos os pontos, as armas, os invólucros. Tantas camadas a desconstruir até chegar ao verdadeiro caráter. É difícil descobrir a verdade, e esquecer o caso em que viver acontece por acaso, o caso em que o acaso, tanto quanto o bem, é sempre mais difícil. Fazer de conta, pra que tudo acabe bem? Tua face se expressa, teu calor retorna aos dedos, tua voz se faz ouvir. Enfim, já é hora de escolher.... O dia começou nublado, e termina com uma cor incomum. É isso, então? Texto do semestre passado, feito pra essa xilo. Pra não deixar de atualizar o blog.

Saudades...

Ah, se eu descubro quem inventou a saudade. Como se explica esse querer estar perto tão ansioso e dolorido? Por que tanta necessidade da presença de alguém, se há outros tantos alguéns aqui, perto, ao alcance da mão? Saudade é... Clarice Lispector "Saudade é um pouco de fome. Só passa quando se come a presença. Mas as vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: Quer-se absorver a outra pessoa toda Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." A princípio, eu ia escrever algo pra essa imagem linda que tá aí do lado (que o Paulo fez pra mim). Mas, como não saiu nada que preste dessa cabecinha, e a própria imagem se chamar "Saudade", e remeter a isso mesmo, acho que fica adequado ela aí, perto do que escrevi quando estava (e ainda estou) morrendo de saudades justamente dele.
O cão, um cãozinho E uns balões coloridos e redondos Cheios de ar E que sobem Sobem... E levam a coleira do cão e o cão! Que susto, cão Au, au! Ué... ... Ei! lá embaixo, é o chão? Poeminha feliz feito pra essa imagem foooofa, do Paulus (te gosto). É uma idéia, tá bem bobinho ainda. Talvez mude, talvez não. Vamos ver. Ele (o cão) tá igual a mim ultimamente: perdendo o chão de vez em quando.

Hoje já é o dia De correr ao encontro Do que falta afinal Importante ou não, é o dia de não cansar, De não jogar De abrir os olhos Observar os insetos Ver o casulo se romper Parar e, calmamente... Rasgar a bandagem Arrancar a mordaça E estremecer aos poucos Até ficar nua... . . Coisa antiiiiga. Não, nem tão antiga assim. Mas não sei quando escrevi, então deve fazer um tempo razoável. Tatuagem nova!!!!!! Nas costas, subindo pela coluna a partir do cóccix. Bah, perto do osso dóóóóói... O dia foi cheio, vou pro berço.
"...minha intenção neste texto é mostrar que a tarefa do ensinante, que é também aprendiz, sendo prazerosa é igualmente exigente. Exigente de seriedade, de preparo científico, de preparo físico, emocional, afetivo. É uma tarefa que requer de quem com ela se compromete um gosto especial de querer bem não só aos outros mas o próprio processo que ela implica. É impossível ensinar sem essa coragem de querer bem, sem a valentia dos que insistem mil vezes antes de uma desistência. é impossível ensinar sem a capacidade forjada, inventada, bem cuidada de amar (...) é preciso ousar, no sentido pleno desta palavra, para falar de amor sem temer ser chamado de piegas, de meloso, de acientífico, senão de anticientífico. É preciso ousar para dizer, cientificamente e não bla-bla-blamente, que estudamos, aprendemos, ensinamos, conhecemos com o nosso corpo inteiro. Com os sentimentos, com as emoções, com os desejos, com os medos, com as dúvidas, com a paixão e também com a razão críti

Falso poema

Ponto final, feito forma. Face fria, falso pudor, perseguição, farejam-se feridas fermentam-se paixões. Pouco falta: falha febril, fato patético, fútil felicidade, febre parcial. Por pouco fico paralizada E perco o fio E fica a porção fantoche E persiste a pobre falácia. Foi. Pronto. Ponto. Fim. Não ia postar nada hoje, mas vou tentar manter o blog bonitinho e atualizado o máximo possível. Então, um texto feito mais pela sonoridade do que pelo significado (apesar de ter um significado pra mim). Pouco? Ah, fui.
Você não sabe Nenhum de nós pretende ver As cortinas estão, mais uma vez, escancaradas pelo vento E quem se importa? Ou eu ou você estamos um tanto equivocados. As poucas coisas que parecem funcionar já não funcionam mais E bem pouco resta, a menos que eu descubra a quem o vento está perturbando Os pontos de luz só distraem a minha atenção Eu não me importo, você se importa? Esqueça, nada mais convém a essa hora da manhã Não insista, não é importante Só existe porque o vento insiste em entrar pela janela ou por baixo da porta E descortina a nudez, a ânsia e o desfalecer da carne Perdoe-me, eu o machuquei. É que fico tão forte quando amo.
Bem, bem... Blog novo, vida nova... quem dera. Jura, como se eu já tivesse tido um blog que tenha sido atualizado por mais de uma semana nessa vida. Na verdade mesmo mesmo, nem vejo muita graça no que eu escrevo, mas é bom poder registrar algumas poucas coisas que parecem valer a pena às vezes. Espero sinceramente que esse sobreviva por mais tempo que os outros poucos, já que escrever me parece tão bom ultimamente. Tá chovendo em Santa Maria. Chovendo desde ontem, e meus pés estão gelados e molhados. Eu sei, eu sei: "Vai te secar, guria!". Mas tô no trabalho e, no momento, nada me resta além de lamentar. Coitadinha de mim hahahahaha. Imagina. Tá chovendo mas não tá frio, e isso já me deixa bem feliz... Parece que a chuva traz algumas coisas a mais pra se perceber quando se está assim como eu, sentada na frente do pc, olhando pela janela e só esperando pra avisar o fim do tempo do próximo cliente da lan e ah, claro, escrevendo em um blog recém nascido. A textura do asfalto fic