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Jamais encobrir o rosto
Nunca esconder os olhos
Às vezes ocultar os lábios
Hoje amarrar as mãos

Jamais incendiar desejos
Nunca acender a carne
Às vezes aquecer os joelhos
Hoje apoiar a face

Jamais esquecer os tempos
Nunca deixar pra trás os laços
Às vezes entregar as chaves
Hoje doar segredos

Jamais mostrar a pele
Nunca expressar vontades
Às vezes sentir saudades
Hoje chorar de dor

Jamais gritar de tristeza
Nunca cantar de entusiasmo
Às vezes falar do passado
Hoje cantar o agora

Sempre chamar a si própria
Calada diante do espelho.


Texto da mesma leva do anterior. Meio angustiado, mas verdadeiro naquele momento.

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Tu

Teu sorriso aberto é ninho Abraço largo de pousar. Leito ombro peito Olho atento brilho morno no mirar. Cada passo, cada traço Ler teus braços. Navegar.
Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.
Um castelo de areia é construído com muito esforço, às vezes um vento, a água, ou algum desavisado atrapalha, faz voltar atrás,  e a gente refaz, com calma e carinho, e quando parece que enfim ele está firme, bem construído, apesar de alguns detalhes imperfeitos, aí vem a chuva forte.