Inspirando nuvens, Expirando chuva, Transpirando neve. Com as ideias e as mãos quase vazias. Só restam uns poucos grãos Do que um dia eu quis ser São grãos de uma especiaria cujo perfume e sabor não abandonam meu olfato e paladar. Não sei como se chama, mas não desaparece assim tão fácilmente. Tenho tentado escrever contos, crónicas, novelas especialmente músicas. Musicar poemas velhos, expurgos, palavras brotadas, vomitadas, perdidas dedicadas delicadas e grosseiras. E velhas, mas minhas, saídas dos sótãos e porões e pés de escada. Odradeks idosos. Insistentes e incovenientes. As vezes eu penso que seria melhor não ter passado Ser eu, hoje, só Só de pensar nas tantas coisas que iniciei e não segui adiante, da vontade de não ter sido coisa nenhuma assim não teria tantas "se eu fosse" Assim haveria ignorância, mas sossego.
nada de mais, só a briga com o sono disfarçada de insônia