a saudade
é um trem de metrô
subterrâneo obscuro
escuro claro
é um trem de metrô
a saudade
é prego parafuso
quanto mais aperta
tanto mais difícil arrancar
a saudade
é um filme sem cor
que meu coração quer ver colorido
a saudade
é uma colcha velha
que cobriu um dia
numa noite fria
nosso amor em brasa
a saudade
é brigitte bardot
acenando com a mão
num filme muito antigo
A saudade vem chegando
A tristeza me acompanha!
Só porque... só porque...
O meu amor morreu
Na virada da montanha
O meu amor morreu
Na virada da montanha
E quem passa na cidade
Vê no alto
A casa de sapé
Ainda...
A trepadeira no carramanchão
Amor-perfeito pelo chão
Em quantidade...
Medo cedo do dia. Via, rua, movimento, atropelamento. Vento. Esquecimento. Sofrimento. Arrependimento, consequência. Vivência, inteligência, violência, violência. Do mundo, da sociedade, da realidade, do destino. Da vida. Lida. Canseira. Brincadeira, brincadeira boba. Assalto, sol alto. Fogo. Água. Mágoa. Tristeza, solidão. Desilusão. Repetição. Rotina, mudança, diferente. Gente. Bicho. Criatura imaginária. Imaginação, loucura. Altura, futuro, casamento, amor, ódio. Separação. Procura. Desemprego. Fome. Medo. Do escuro. Da noite. Da morte. Do homem. Do medo. . . Achei esse poema que tinha escrito quando ainda tava no 2º ano do Ensino Médio. Tirando o patético título original "os medos que se tem" (ai) gosto dele até hoje, então vou deixar sem título mesmo, ao menos por enquanto. Eu escrevia direitinho na época de colégio, acho que emburreci na faculdade.
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