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Onde foi parar meu senso de humor?

Tenho pensado muito neste ofício de escrever... Gosto de escrever, mas tem me parecido que sou tão... sisuda. Sinto falta de humor, do senso de humor que tanto me agrada quando leio outros. Não sei, sempre tive uma preocupação relevante em escrever tudo certinho, bonitinho, e talvez seja aí que me torno séria demais. Preocupação que vem da vontade de que meus escritos agradem quem os encontra, meio por acaso, por andanças na internet. Mas que 2@$#$ é essa de precisar agradar? Talvez isso venha do signo. Dizem que capricornianos são sérios. Que saco, nunca acreditei nessas bobagens (no fundo, no fundo, até acredito em algumas coisinhas), só que acabo me percebendo mesmo séria e chata em muitas coisas que leio aqui... Talvez seja o fato de que não costumo fazer desse espaço um lugar de fatos diretamente meus, de relatos particulares (embora tudo que está aqui, de certa forma, seja, porém disfarçado, já que não sei me fingir outra), tornando tudo tão... morno.
Ia começar um blog novo pra escrever o que penso das coisas, assim, como estou fazendo agora, em primeira pessoa (Oh!) e tudo mais. Mas não vou... Essas poucas coisas que já não têm sido tão poucas são meu único lugar pras palavras e pensamentos por extenso. E vai continuar sendo, então, vou mudar um pouco o rumo das coisas aqui: agora, não só poemas/contos/ou sei lá mais o que que tem sido isso aqui. A partir de agora, tudo o que me der vontade de escrever. O que eu pensar da vida minha e de outros que valham a pena. Nem que seja só pra eu ler mais adiante e rir das minhas insanidades.

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Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.

Elurofilia

O gato é uma lição Já viu gato amestrado, de chapeuzinho ridículo, obedecendo às ordens de um pilantra que vive às custas dele? Não! Até o bondoso elefante veste saiote e dança a valsa no circo. O leal cachorro no fundo compreende as agruras do dono e faz a gentileza de ganhar a vida por ele. O leão e o tigre se amesquinham na jaula. Gato não. Ele só aceita uma relação de independência e afeto. E como não cede ao homem, mesmo quando dele depende, é chamado de arrogante, egoísta, safado, espertalhão ou falso. "Falso", porque não aceita a nossa falsidade com ele e só admite afeto com troca e respeito pela sua individualidade. O gato não gosta de alguém porque precisa gostar para se sentir melhor. Ele gosta pelo amor que lhe é próprio, que é dele e ele o dá se quiser. Quem não se relaciona bem com o próprio inconsciente não entende o gato. Ele aparece, então, como ameaça, porque representa essa relação precária do homem com o (próprio) mistério. O gato não se rela