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Auto-retrato (agora)

Já fiz muita coisa errada. Impaciente, fiz coisas sem pensar, pensando só na urgência das minhas vontades. Impaciência é um mal meu. E confusão também, ao tentar descobrir, bem rápido, o que fazer. Mas, muitas vezes não sei. Nem o que pensar, menos ainda o que falar.
O silêncio é o meu modo de viver muitas coisas, não sei se por vergonha, por medo, ou por falta do que dizer mesmo. A verdade é que às vezes fico com raiva por não falar o que deveria ser dito.
Sinto que tenho algo a dizer, mas, quando é hora, raramente sei por onde começar.
Por isso fico em silêncio.
No máximo, monossílabas ou algumas palavras sem muito peso, amenidades.
Ou sorrisos, simplesmente.
Sorrisos silenciosos.
*************
No momento, ando sem saber pra onde ir. Minha existência é, agora, um tanto morna, coisa que, por pouco tempo, até aceito. Não sou infeliz assim, desde que isso não se prolongue demais.

Comentários

Paulo disse…
morna não...silenciosa

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Tu

Teu sorriso aberto é ninho Abraço largo de pousar. Leito ombro peito Olho atento brilho morno no mirar. Cada passo, cada traço Ler teus braços. Navegar.
Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.
Um castelo de areia é construído com muito esforço, às vezes um vento, a água, ou algum desavisado atrapalha, faz voltar atrás,  e a gente refaz, com calma e carinho, e quando parece que enfim ele está firme, bem construído, apesar de alguns detalhes imperfeitos, aí vem a chuva forte.