Pular para o conteúdo principal

Pan-tone

Todas as cores são iguais.
E as nuances não são grande coisa.
O que definia já não há mais.
Quem é o mocinho, que é o vilão?
Descubro meus erros ocultos nos teus.
E abro meus olhos, a essa altura já secos.
É pena, não deu tempo, adeus!
É hora de ir, o tempo é tão curto.
Os bares todos já estão fechados,
não há mais onde beber.
E os meus remorsos foram atropelados.
Não tenho mais nada a lhe dizer:
silêncio é o que resta.
E um céu nublado.
Fuja da chuva, mantenha-se mudo.
Mantenha-se calado.
E, quando a luz começar a surgir
um novo dia, pode, talvez, nos redimir.
Não durma, siga em frente.
Há um longo dia pra viver, ainda.
Siga, sem parar pra pensar
porque, o que resta,
geralmente é nada.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tu

Teu sorriso aberto é ninho Abraço largo de pousar. Leito ombro peito Olho atento brilho morno no mirar. Cada passo, cada traço Ler teus braços. Navegar.
Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.
Um castelo de areia é construído com muito esforço, às vezes um vento, a água, ou algum desavisado atrapalha, faz voltar atrás,  e a gente refaz, com calma e carinho, e quando parece que enfim ele está firme, bem construído, apesar de alguns detalhes imperfeitos, aí vem a chuva forte.