Pular para o conteúdo principal

Da série "velharias" II

Há muito pouco a ser feito quando os muitos meios já perderam a eficiência.
O peito não arde, tampouco pulsa.
E ver, é o mesmo que estar longe.
E o estar longe, é o mesmo que desconhecer.
E desconhecer, é o mesmo que não haver.
Não houve nada, não há com que se preocupar.
O ignorar não faz diferença.
Diferente é algo bem melhor. Muito melhor.
Melhor que o que parecia bom.
Parecia. As aparências sempre enganam.
E o pior de tudo
é enganar-se.
Deixar-se levar pelo bonito, o belo é de outro jeito.
Bonito nem sempre faz bem, engraçado nem sempre convém.
Boa idéia não garante bom dia,
nem boa noite, nem bom sono.
Sonho não é mais o que salva a pele.
E pele, não arde, não treme, não arrepia.
Resta saber o que há.
O que havia, em um dia de novos erros.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Tu

Teu sorriso aberto é ninho Abraço largo de pousar. Leito ombro peito Olho atento brilho morno no mirar. Cada passo, cada traço Ler teus braços. Navegar.
Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.
Um castelo de areia é construído com muito esforço, às vezes um vento, a água, ou algum desavisado atrapalha, faz voltar atrás,  e a gente refaz, com calma e carinho, e quando parece que enfim ele está firme, bem construído, apesar de alguns detalhes imperfeitos, aí vem a chuva forte.