Toda vida tem um fim. Sem exceções, todos morremos, um dia. Breve ou daqui a muito tempo. Mas morremos. Há quem diga, e eu até considero coerente, que o que diferencia o homem dos outros seres vivos é a certeza de sua finitude (e não me venham com essa de que o homem é o único ser vivo que "pensa"). E, talvez seja por isso, metemos os pés pelas mãos durante a vida toda. É o fato de querer fazer tudo agora - já que, sabe-se lá, podemos morrer nos próximos dez minutos - que nos impulsiona a não ter paciência, a não querer esperar "as coisas se ajeitarem"? Claro que isso não se aplica a todos - e, em grande parte das situações, nem a mim. Sei que não se é sempre assim impaciente, o que me parece triste até. Viver aos pouquinhos, pensar só em passar um dia depois do outro, do outro, do outro... Sem crescer em nada, sem mudar nada, sem ganhar nada. Ganhar dinheiro pra comer, comprar roupa, pagar aluguel, luz, telefone, internet, abastecer o carro, comprar uma TV nova, tr...