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Abandono

Abandonei este blog. Há quase um ano foi o último post, embora bastante coisa tenha sido escrita em cadernos velhos e papéis de pão nesse tempo. Quero voltar. de verdade. espero muito sinceramente que esse não seja um suspiro, um ânimo intenso e breve, porque escrever, mesmo que pouco lida, sempre foi um exercício de desabafo, do qual fica difícil abrir mão. nos papéis velhos também, mas estes se perdem muito fácil, e reler, bem depois, ajuda a entender de que maneira meu coraçãozinho e meus pensamentos se comportavam em cada dia posto em frases.
Na verdade, meu exercício criativo anda meio abandonado em vários sentidos. é vergonhoso, eu sei, justo agora que não existe mais a obrigação acadêmica e a exigência de fazer tudo em seis meses. O meu problema, talvez, tenha sido ficar muito mal-acostumada, e trabalhar só sob pressão. mas, e agora, sem pressão, o que se faz?
Voltei pra minha cidade natal. temporariamente, faço questão de frisar a todo tempo. não posso e não quero estacionar nem parar de estudar agora. muita coisa vem ainda, mas, no momento, minha prioridade é estar perto dos meus pais. conheço várias pessoas que considerariam isso uma bobagem, mas pra mim não é. mesmo. minha relação familiar é, embora chatinha às vezes, saudável e fundamental. não sei viver sem esse contato. vou-me embora de ametista, e não demora, mas quero um tempo pra esse convívio.
Pretendo fazer outro blog. parece bobagem, pra quem não consegue manter nem um. mas é que esse já vinha sendo planejado desde o ano passado, pra postar textos, resenhas, etc. feitos durante a faculdade por mim e por colegas, e resenhas de livros que ainda vir a ler. vai que é útil pra alguém...
chega por agora. volto logo. espero.

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Professar, profetar, procurar Pouco a pouco adentrar Pequeno, grande, infinito particular Muitas mentes, muitas vidas Muita alma pra explorar. Ser, viver, humanizar. Ser brincante, ensinante E aprendente no flutuar.

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