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Medo
cedo
do dia.
Via,
rua,
movimento,
atropelamento.
Vento.
Esquecimento.
Sofrimento.
Arrependimento,
consequência.
Vivência,
inteligência,
violência,
violência.
Do mundo,
da sociedade,
da realidade,
do destino.
Da vida.
Lida.
Canseira.
Brincadeira,
brincadeira boba.
Assalto,
sol alto.
Fogo.
Água.
Mágoa.
Tristeza,
solidão.
Desilusão.
Repetição.
Rotina,
mudança,
diferente.
Gente.
Bicho.
Criatura imaginária.
Imaginação,
loucura.
Altura,
futuro,
casamento,
amor,
ódio.
Separação.
Procura.
Desemprego.
Fome.
Medo.
Do escuro.
Da noite.
Da morte.
Do homem.
Do medo.
.




.
Achei esse poema que tinha escrito quando ainda tava no 2º ano do Ensino Médio. Tirando o patético título original "os medos que se tem" (ai) gosto dele até hoje, então vou deixar sem título mesmo, ao menos por enquanto. Eu escrevia direitinho na época de colégio, acho que emburreci na faculdade.

Comentários

-~- disse…
todos nascemos inteligentes. A escola, a família e a igreja é que deixa as pessoas burras.

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